Aprender a dar vida a personagens com todas as nuances de personalidade, hábitos, peculiaridades e maneirismos foi a primeira e mais importante tarefa da Sony Bend quando começamos a trabalhar em UNCHARTED: Golden Abyss. Temos um ótimo exemplo disso na série UNCHARTED, e queríamos dar aos personagens um nível de profundidade que transcende os limites da tela. Estes vídeos [em inglês] mostram um pouco da nossa rotina e como trabalhamos com o nosso eclético elenco de personagens.
Eu não sou inexperiente quando o assunto é roteiro – eu escrevi todos os jogos da série Syphon Filter –, mas este título me ensinou alguns truques novos. Na época em começamos a gravar, em fevereiro do ano passado, eu já tinha feito mais de 40 revisões, mudando tudo desde cenário, personagens, nomes, diálogo e ação. Se contarmos todas as páginas de diálogo em off, temos mais de 400 páginas de roteiro para UNCHARTED: Golden Abyss.
Claro, escrever o roteiro e gravar a atuação dos atores foi só o começo. Em seguida, tivemos um ano intenso, refinando a captura de movimentos, a animação, o trabalho de câmera, a sincronização labial, construindo cenários, editando, criando a trilha sonora, com mais 50 artistas trabalhando em cinco estúdios diferentes.
Sim, os gráficos incríveis de UNCHARTED exigem um hardware extremamente poderoso, mas, no final, o charme de UNCHARTED vem dos personagens, da amizade e da química que há entre eles. A melhor coisa em relação à história é que ela não depende do hardware. É possível contar uma boa história a partir de uma ruim, obter grandes valores de produção a partir de algo não tão bom. Sabíamos que o resultado final – todo o esforço dedicado por essas pessoas – seria uma experiência digna da série UNCHARTED que não deixaria nada a desejar só por estar em um console portátil. Essa é a razão principal para eu ter ficado tão empolgado em aprender a forma como UNCHARTED aborda a narrativa cinematográfica. No próximo dia 22 de fevereiro, você vai poder entender o que isso significa na prática.
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