Futebol é paixão nacional, e, quando se trata de entretenimento digital, Pro Evolution Soccer tem uma forte tradição entre os jogadores brasileiros – em especial nas plataformas PlayStation. Há mais de 15 anos e três gerações, desde quando a série ainda se chamava Winning Eleven, a equipe de Shingo “Seabass” Takatsuka vem aperfeiçoando suas partidas virtuais e conquistando o público verde e amarelo.
Tal sucesso por nossas terras tem se convertido em maiores investimentos da produtora Konami para cativar o jogador tupiniquim – estratégia especialmente importante quando o rival FIFA, da EA, cresce ano a ano em popularidade. No ano passado, por exemplo, PES 2011 ganhou narração de Silvio Luiz e comentários de Mauro Beting, menus totalmente em português e times licenciados da Copa Libertadores da América.
Quando a versão para PS3 de PES 2012 chegar às lojas brasileiras no dia 27 de setembro por R$ 179,90, todos poderão conferir o retorno dessas características especiais para o nosso público – e este ano ainda tem a presença do craque Neymar, do Santos, ao lado de Cristiano Ronaldo na capa –, bem como os avanços na jogabilidade. Os mais apressados poderão ter uma prévia com duas demos que a Konami disponibilizará na PSN brasileira: a primeira estará disponível hoje, dia 13 de setembro, e a outra, na semana que vem, dia 20.
Para dar mais detalhes sobre as novidades de PES 2012, a Konami nos convidou a jogar uma versão 80% concluída, com muito do conteúdo programado para a versão final já incluído. Também pudemos fazer um bate-bola com Anibal Vera, country manager da Konami no Brasil, para saber um pouco mais sobre os investimentos da produtora para promover a série no país. Confira.
Anibal Vera, country manager, Konami: “Existem vários aspectos relacionados ao licenciamento de marcas esportivas. Estamos sempre nos aprimorando para trazer mais e mais equipes, torneios e estádios locais para o PES, mas é um processo lento, que deve ser bastante discutido para que não haja erros. PES 2012 certamente terá apelo ao público brasileiro.”
Fabio Santana, editor, PlayStation.Blog BR: Eu sempre fui mais observador que jogador da série. Em todas as redações por que passei, sempre rolaram peladas nas horas vagas (muitas vezes nas horas úteis também), e eu já fui testemunha de alguns embates épicos, muitos xingamentos (a maioria dirigida ao pobre do juiz) e até comemorações coreografadas. Sempre que me atrevia a assumir o controle, levava sacoladas colossais dos boleiros veteranos. Então, quando fui testar PES 2012, já fui conformado de que seria o freguês novamente – afinal, pior que meus dotes com a bola virtual, só a minha (falta de) habilidade com a redonda de verdade, e tenho uma cicatriz para nunca me esquecer disso (longa história).
Vinícius Lima, redator, PlayStation.Blog BR: Uma senhora cicatriz, diga-se de passagem. Eu também nunca fui o melhor jogador de PES entre meus amigos. E ainda era alvo de piadas: lembro uma vez em que peguei a bola e saí loucamente para o gol, meus amigos riram e eu não entendia. O resultado? Um gol contra. Depois disso, minha convivência com qualquer jogo de futebol foi mínima. No começo desse ano experimentei PES 2011 e, confesso, senti uma vontade forte de aprender a lidar com a bola virtual. Acho que compensaria a minha falta de habilidade com a bola de verdade. Mas posso garantir que não fui o tal freguês da rodada. Estou orgulhoso disso, aliás.
Fabão: Freguês ou não, à arena! A primeira atitude ao colocar as mãos na versão teste, claro, foi entrar na Copa Libertadores para conferir a brasilidade do novo PES – novamente, não é possível colocar equipes de ligas diferentes frente a frente. Corinthiano que sou, ainda que fajuto, logo quis conferir o Timão do centenário, com Ronaldo, Roberto Carlos e Dentinho – obviamente, as equipes são as da Libertadores 2011, com o atual campeão Santos, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio e Internacional.
Vini: É, fez sentido o resultado da nossa primeira partida: 1 x 0 pra mim. Tentei representar escolhendo o Peñarol e, você não pode negar, até que minhas habilidades foram ousadas. Claro, jogadores mais experientes teriam feito proezas bem melhores que as nossas e não teriam comemorado um gol “feito” por trás da rede. O importante foi que seu Corinthians continuou no “Sem ter nada”. Que sina, não?
Fabão: Pelo menos o meu time está no jogo, ao contrário do seu São Paulo. =p
Elano, Neymar e Ganso, do Santos, em Pro Evolution Soccer 2012.
Anibal: “[Quanto a estádios sulamericanos oficiais], posso dizer que teremos surpresas agradáveis.”
Fabão: Quando estávamos selecionando os estádios, notei que o El Monumental, da Argentina, agora está licenciado, mas ainda tem uma porrada de arenas com nomes falsos, como “Estadio Amazonas”. Como o Anibal deu uma pista positiva, resta a esperança de que teremos ainda estádios brasileiros oficialmente licenciados – lembrando que a versão que jogamos estava 80% concluída, então ainda há margem para adições até a versão final.
Vini: Eu acho essa parte fantástica. Claro, se todos os estádios fossem licenciados seria muito melhor, mas vale ver o esforço da Konami para deixá-los o mais real possível. As propagandas, o formato, as bandeiras penduradas… Agora dá até para ver os fotógrafos atrás do gol e os técnicos na beira do campo. Aliás, seria muito bom se todos os uniformes também fossem licenciados – é triste jogar com a seleção brasileira vestindo aquele uniforme verde-sem-graça. Mas essas questões de licença são bem complicadas. Já pensou que legal seria uma representação do Campeonato Brasileiro? Com os estádios do Morumbi, Maracanã… quem sabe um dia você não vê o Itaquerão por lá, hein, Fabão?
Fabão: Mais respeito com o futuro estádio do Timão! ¬¬ Quanto ao conteúdo dedicado aos jogadores brasileiros, ao menos temos o retorno do Silvião Luiz, com suas pérolas futebolísticas. É bacana ver como ele diz os nomes dos jogadores com diferentes entonações e como suas falas características são colocadas com precisão nas jogadas, mas ainda queria vê-lo narrar com a mesma proficuidade da narração inglesa, mais presente e com mais nomes, ou do lendário John Kabira.
Vini: “Olho no lance!”. Pérolas clássicas. Você sentiu que, enquanto o Silvio Luiz fala bastante durante o jogo, o Mauro Beting faz pouquíssimos comentários? Lembro que em uma das partidas eu até perguntei se só estava o Silvio, pois não havia escutado o Mauro em momento algum. Acho que isso tudo vai melhorando nos próximos anos. Os menus, por exemplo: além de todos os textos estarem devidamente localizados em português do Brasil, a tradução estava muito bem feita.
Anibal: “As versões para PS2 e PSP também terão o Silvio Luiz e o Mauro Beting. O desenvolvimento do PES é feito com prioridade na geração atual de consoles, mas sabemos que nem todo mundo tem um PlayStation 3 em sua casa. Por isso, os aprimoramentos com narração em português do Brasil e tradução de legendas também estarão presentes nos consoles da geração passada.”
Fabão: Voltando às partidas, acho que fui prejudicado pelo realismo do jogo: o Ronaldo não se mexia naquele meio de campo [risos]. Mas achei interessante a possibilidade de controlar um segundo atleta com o manípulo direito. Abre possibilidades enormes para jogadas mais acuradas, por exemplo. Também dá para escolher e posicionar o jogador que vai receber a bola com a alavanca direita numa cobrança de lateral, escanteio ou falta. E, quando você está sem a bola, a alavanca serve para trocar o atleta que você controla, o que é muito mais rápido e preciso do que a seleção automática.
Vini: O problema foi você ter insistido no Corinthians. Claro que as chances de você ganhar seriam bem remotas [risos]. Claro esse fato também me ajudou bastante: achei a inteligência artificial bem eficiente e, se o modo de assistência estiver ligado, ela faz um trabalho bem competente, ajudando nas jogadas e dando toques eficazes. Em comparação com o 2011, achei que os controles melhoraram bastante, estão mais precisos e até achei mais fácil fazer toques mais curtos ou arriscar chutes ao gol. As colisões também estão bem mais realistas – embora eu tenha reparado alguns braços e pernas atravessando os jogadores. Mas muita coisa ainda pode melhorar. Você lembra do goleiro patinador? O danado deslizava de um lado a outro da trave sem mexer as pernas, como se o campo fosse em um lago congelado da Sibéria. Gostei muito do que vi, mesmo sendo uma versão incompleta. Tomara que essas pequenas falhas sejam consertadas até o lançamento.
Pro Evolution Soccer 2012 para PlayStation 3 estará disponível no Brasil dia 27 de setembro, e quem quiser testar antes, pode baixar as duas demos diferentes que chegam esta semana e na próxima terça-feira à PlayStation Store brasileira. As versões para PlayStation 2 e PSP chegam um pouco mais tarde, no dia 8 de novembro. Para mais novidades, curta a página oficial do jogo no Facebook, siga o Twitter do produtor Jon Murphy e acompanhe o site oficial.
E você, o que espera desta nova versão? Qual é a sua história com a série? Deixe seus comentários abaixo!
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