Entrevista de Ninja Gaiden 3: Superando os Desafios

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Entrevista de Ninja Gaiden 3: Superando os Desafios

Algumas pessoas por aí dizem que os jogos modernos são muito fáceis, que eles conduzem você como babás durante dez horas de história e, então, dão adeusinho até a sequência do próximo ano. Porém, há uma quantidade cada vez maior de títulos, como o futuro Dark Souls, que simplesmente querem torturá-los com o sadismo de um Revolver Ocelot.

A série Ninja Gaiden sempre foi responsável pela quebra de controles (ah, os momentos de revolta), e o terceiro episódio da série, chegando para o PS3 no ano que vem, vai incluir suporte ao PlayStation Move. Confira o mais novo trailer:

Durante a gamescom, me encontrei com o diretor do Team Ninja, Yosuke Hayashi, para conversar sobre a dificuldade, o PlayStation Move e a decisão de ambientar as primeiras cenas de Ninja Gaiden 3 em minha cidade natal, Londres.

PlayStation.Blog: Você acha que os jogos modernos estão muito fáceis e que há um forte mercado para jogos mais difíceis?

Yosuke Hayashi, diretor do Team Ninja: É preciso satisfazer os fãs, e Ninja Gaiden 3 continua muito difícil na dificuldade mais alta, para os fãs que gostam desse aspecto da série. No entanto, temos uma dificuldade normal para os jogadores que apenas querem seguir a história ou não são tão habilidosos.

PSB: Como você deixa um jogo difícil, mas não frustrante?

Hayashi: Trata-se de como você aplica a dificuldade. Se você morre e recebe um game over, então você geralmente fica muito frustrado, mas você tem que pensar em porque morreu – você cometeu um erro ou foi culpa do jogo? É importante fazer o jogador sentir que ele cometeu o erro que causou sua morte, e que ele pode passar pela fase avançando de uma maneira diferente.

PSB: Obrigado por ambientar parte de Ninja Gaiden 3 em minha cidade natal, Londres. Por que você decidiu fazer isso?

Hayashi: Conforme o jogo progride, você verá diversas localizações no decorrer da história, e Londres é a primeira delas.

PSB: Você me disse que, no jogo, Ryu Hayabusa não será apenas uma máquina de matar, que nós veremos mais do lado humano por trás da máscara. Você como vai fazer isso?

Hayashi: O lado humano de Ryu Hayabusa chega um pouco depois da fase que te mostrei hoje cedo. Aquela fase é como um tutorial e você sai dela pensando que o jogo é baseado nesta pura ação, mas não é o caso. Logo depois, você o vê sofrendo como consequência dos assassinatos que ele cometeu e é quando a humanidade vem à tona. Eu acredito que, hoje em dia, as pessoas procuram por jogos mais realísticos, e não é fácil fazer isso com Ninja Gaiden, que é fortemente baseado em fantasia.

PSB: Como você implementou o PlayStation Move?

Hayashi: Com o PlayStation Move, você pode fazer o movimento de cortar um inimigo. Eu imagino que muitos fãs hardcores de Ninja Gaiden ainda vão preferir jogar com um controle normal, mas eu espero que eles tentem com o PS Move. Sinto que os jogadores casuais vão utilizar o PS Move, o que tornará o jogo mais acessível a eles.

PSB: Qual será a grande surpresa para os fãs de Ninja Gaiden neste próximo título?

Hayashi: O lado humano do personagem principal. Estamos acostumados a ver Ryu Hayabusa como um puro assassino, mas agora veremos alguém que trabalha e que então vai para casa viver uma vida paralela a toda a luta. Nossos fãs hardcores vão perguntar porque escolhemos essa direção, mas espero que eles curtam essa nova abordagem.

PSB: O que você achou dessa gamescom em geral?

Hayashi: Eu dei uma volta por aí e vi muitos títulos que têm um grande orçamento para se promoverem. Isso é legal, mas acho que há mais variação no mundo dos jogos e eu adoraria ver tudo sendo mostrado do mesmo jeito, em condições iguais. Isso ajudaria a dar mais brilho a essa variedade.

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