A aventura expandida dos Phantom Thieves é demais.
Me lembro do momento exato em que me apaixonei por Persona 5 em 2017. Ao saltar sobre a multidão chocada de um cassino e enfrentar inimigos elétricos, o super estiloso Joker tenta fugir, mas acaba capturado pela polícia. Era apenas um gostinho da batalha que estava por vir, mas meu coração já havia sido roubado. Cheguei fácil en 100 horas de jogo com Persona 5, conhecendo Joker e seu grupo de amigos rebeldes e protegendo o mundo das forças corruptas do mal (adultos, aff!).
Com sua narrativa cativante e personagens inesquecíveis, o jogo equilibra perfeitamente o um simulador de adolescentes de Tóquio com um combate de outro mundo. Lutei por perigosos e elaborados Palácios, roubando tesouros e criando poderosas novas Personas (entidades mágicas que representam seu coração verdadeiro), ao mesmo tempo que decidia com quem passar meus dias após as aulas e maximizava minhas habilidades sociais. Foi uma experiência emocionante, e com o passar do ano escolar, me tornava cada vez mais uma fã dos Phantom Thieves e de sua jornada.
Foi por isso que roubaram meu coração de novo em Persona 5 Royal.
Da nova apresentação elétrica de Joker até o final operático, todo instante de Royal possui impacto. Pequenas mudanças foram feitas na ação para deixar o Metaverse mais fluido, como poder usar Baton Pass imediatamente, ou como as armas da minha equipe agora recarregarem automaticamente após cada encontro. Os Phantom Thieves podem se unir para ataques Showtime, que são poderosos combos cinemáticos que uso sempre com um sorriso no rosto. Os Palácios possuem mapas um pouco diferentes para poder aproveitar a nova habilidade de gancho de Joker, e oferecem mais missões opcionais para encontrar Will Seeds, dando muito mais SP para estender cada jornada ao Metaverse, antes que minha equipe ficasse exausta. As lutas contra os chefes estão melhores, com mais fases que aprofundam a narrativa. Mesmo os Mementos, uma parte do jogo que antes parecia uma chatice interminável, foram melhorados com novos objetivos, e um mercador chamado Jose, que pode providenciar itens úteis.
Outros aspectos melhorados de Royal são refletidos no mundo real do jogo, nos relacionamentos com os outros Phantom Thieves e pessoas rebeldes de Tóquio, tudo viciante e divertido. Royal prolonga esses momentos com novas conversas por telefone, e poder aumentar o poder dos personagens com atividades divertidas (dardos, bilhar, clubes de jazz, nossa!). A conexão com os confidentes ajuda a melhorar os poderes de Joker no Metaverse, mas várias vezes eu curti a história em si. Encarei os arrependimentos do meu melhor amigo Ryuji, ajudei a tímida Futaba a sair da concha, todos momentos compartilhados de um mundo já bem detalhado, até com as pessoas mais peculiares. Ficava pensando constantemente sobre como conseguir tempo para melhorar esses relacionamentos, e senti uma mudança de ritmo significativa graças às mudanças de Royal. Morgana não fica mais forçando você a ir dormir no fim de todo dia; Joker agora tem tempo para passar com novas ferramentas, jogos, fazer café, e até ler livros mais rápido. Essas pequenas mudanças no dia-a-dia me ajudaram a recuperar tempo perdido, e melhoraram minhas habilidades sociais em tempo recorde.
Isso ajudou muito quando foquei nos novos confidentes de Royal, a aspirante a ginasta Kasumi e o conselheiro escolar esquisitão, Dr. Maruki. Em um jogo com tanta personalidade, o fato de eu curtir imediatamente ambos os novos personagens e me identificar com seus problemas é uma prova do poder narrativo da Atlus. Royal também aumenta bastante o papel do personagem original Akechi, nos deixando criar elos sociais mesmo fora dos momentos reservados à ele, e podendo completar um dos arcos de relacionamento mais cativantes do jogo. Os personagens e Joker são envolvidos com maestria, e maximizar o relacionamento com eles é necessário para destravar o novo semestre escolar no final do jogo. É uma parte do jogo que você não vai querer perder, com um novo chefe e Palácio para desafiar a percepção da realidade dos Phantom Thieves, e ter uma conversa bem pé no chão, com nuance, sobre o livre arbítrio, sem sacrificar estilo ou grandiosidade.
Persona 5 Royal traz uma história de roubar corações, novos personagens e estilo interminável a uma aventura JRPG que já era inesquecível. Se está apenas agora se juntando aos Phantom Thieves, ou já está vestindo a máscara pela segunda vez, uma coisa ficou bem clara: Persona 5 Royal é demais.
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