O Santa Monica Studio nos entrega uma experiência profunda e emocional sobre a jornada de um pai e filho.
Não se pode exagerar a qualidade de God of War. Tudo de bom que ouviu sobre o jogo de sucesso do Santa Monica Studio se prova na jogabilidade. É um estudo sobre contrastes. Brutal, mas sensível; rápido mas metódico; enorme, mas íntimo e focado; bombástico, mas silencioso.
Antes de mais nada é um ótimo jogo de ação. Os experts vão adorar as infinitas maneiras de se lidar com cada combate. Os novatos podem ficar tranquilos com o fato de que podem pressionar R1 e R2 pela maior parte do jogo nas dificuldades mais fáceis de maneira eficiente, porém deselegante. O Machado Leviatã de Kratos, meio bumerangue, é um exemplo de design de arma excelente, quase perfeito, que causa impacto em toda luta. Seu filho, Atreus, corajosamente atira flechas e frases de efeito.
É um jogo bem grande, com muito o que se ver e fazer. God of War se passa nos reino fantástico da mitologia Nórdica — mais um panteão onde Kratos vai acabar causando algum estrago. Explorar este reino como pai e filho é bastante recompensador. Cada momento gasto lutando contra os Draugr, ajudando espíritos e descobrindo o mundo é divertido.
EMbora, de alguma forma, os ogros gigantes, dragões, gatos-lagarto e paisagens belíssimas não passam de coadjuvantes na história sobre o relacionamento entre pai e filho. Se realmente quer saber o segredo por trás da arte de God of War, o motivo por ter recebido tantos prêmios críticas positivas, além de amor dos fãs… bem, basta encará-lo como um estudo sobre famílias disfuncionais.
Kratos não é um bom exemplo, ou mesmo muito boa gente. Mas está tentando mudar para “melhor.” Sua falta de experiência como pai — mostrada de maneira sutil e brilhante pelo ator vencedor de prêmios Christopher Judge — é comovente e perturbadora. Debaixo daquele exterior bruto, Kratos está com medo: da responsabilidade de ser pai, e da raiva sem fim que enxerga em seu filho, raiva que serve de espelho para seu próprio passado de deicídio.
Atreus, enquanto isso, preferiria estar em qualquer lugar que não fosse ao lado de seu pai. Ele resiste às tentativas de Kratos de controlá-lo, e resiste sua abordagem cuidadosa ao perigo. Ele é esperto e espirituoso, mas jovem e impaciente também.
Inacreditavelmente, a conexão entre a dupla se aprofunda e amadurece durante sua missão épica. Eles crescem e aprendem um com o outro. E camada por camada, gradualmente se despem da armadura emocional e psicológica que ambos construíram. Até que, no final do jogo, se tornam uma família verdadeira.
A história de God of War é extremamente profunda e pessoal. Material deste calibre é raramente explorado na mídia interativa, e a execução neste caso é perfeita.
God of War é um dos melhores jogos do ano, e da geração inteira.
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