Duas incríveis horas com a versão da Insomniac do Aranha.
No começo de Marvel’s Spider-Man há uma cena onde nosso herói — se esgueirando pelos dutos de ventilação de um edifício em colapso — arruma tempo para atender uma ligação de sua querida Tia May. May quer saber de Peter, completamente sem saber que ele está enfrentando bandidos e salvando pessoas, momentos antes de enfrentar um nêmesis cara-a-cara. Enfim, é um dia normal na vizinhança.
Durante a demo de duas horas, encontrei muitos momentos como este, que não me deixavam esquecer da vida dupla de Peter Parker. Em um deles, Peter é apenas um jovem assistente de laboratório tentando se sustentar e sendo voluntário em abrigos com sua tia; em outro, ele é o ágil e experiente lançador de teias que conhecemos e amamos. É uma dicotomia clássica que a Insomniac usa bem, e acabo me interessando tanto no dia-a-dia e nos relacionamentos de Peter quanto em sua luta contra o crime. Passar tempo com a Tia May, ou resolver puzzles tecnológicos no laboratório ajuda a ilustrar a vida de Peter sem sua máscara.
Ajuda muito que a cidade de Nova York da Marvel é muito bem feita, oferecendo atividades e aventura a cada esquina. Posso garantir que vai escolher fazer missões do outro lado de Manhattan só para sentir a alegria pura de se mover longas distâncias pela cidade. Passei muito tempo correndo pelos lados de prédios ou balançando entre as árvores do Central Park com um sorriso estampado na minha cara. As mecânicas de movimentação são prontamente intuitivas, e quer você esteja pulando dos telhados ou se catapultando para frente enquanto persegue vilões, ou mesmo pombos (sim, sério), tudo é muito natural.
O combate também é natural e acessível, mesmo com uma grande oferta de opções estratégicas. Peter já é o Spider-Man por oito anos neste jogo, e a gama de suas habilidades e estilos de combate reflete essa experiência. Quer chegar junto e desferir vários socos em alguns capangas? Vai lá. Quer pular pelo ar e ricochetear projéteis na cara de um ladrão? Só querer. Quer ser furtivo e rudar inimigos na parede com uma teia bem posicionada? Não só pode como deve! Cada encontro me deu a chance de tentar algo novo, e várias vezes me senti recompensada por tirar vantagem das habilidades e dispositivos de Spider-Man.
Isso foi especialmente importante quando me vi cara-a-cara com o Kingpin. Ele é um inimigo imponente, com força, tecnologia e muitos capangas à sua disposição, deixando você escolher como deseja enfrentá-lo. Eu acabei lutando contra ele três vezes antes de encontrar a combinação perfeita para derrotá-lo. O estilo de luta de Peter é criativo, acrobático e até engraçado — algumas vezes tomava uns tapas a mais só para ouvir o que nosso herói tinha a dizer à Wilson Fisk.
Peter não está sozinho na luta para manter Nova York um lugar seguro entretanto. Durante uma missão pude jogar como Mary Jane Watson, agora uma jornalista investigativa, e que já sabe que é Peter debaixo daquela máscara. MJ se garante mesmo sem superpoderes, e usa seu jogo de cintura, intuição e olho afiado para resolver um puzzle e encontrar provas. Sua seqûencia acabou sendo uma das que mais me chamou atenção durante meu tempo com o jogo, e esta versão da personagem é uma novidade bem vinda. Não vejo a hora de encontrar mais oportunidades de jogar como ela, conforme continua a ajudar e cruzar caminho com Peter.
Nada podia ter me preparado para a fluidez e diversão da movimentação, jogabilidade variada e histórias interessantes todos juntos. Equilibrar duas vidas sempre foi parte de ser um herói, mas em Marvel’s Spider-Man, fica claro que ambos os lados de Peter são uma aventura. Já estou contando os dias até poder fazer parte da vida dele novamente quando o jogo for lançado dia 7 de setembro.
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