Warren Spector Explica Epic Mickey 2: The Power of Two para PS3

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Warren Spector Explica Epic Mickey 2: The Power of Two para PS3
Warren Spector Explica Epic Mickey 2: The Power of Two para PS3

Quando Epic Mickey foi lançado em 2010, os usuários de PS3 se sentiram um pouco ignorados. O jogo era uma ambiciosa, apaixonada carta de amor às décadas de história da Disney, estrelando um destemido Mickey Mouse em um conto sombrio ambientado em um decadente universo de criações decadentes do estúdio.

Mas ser paciente às vezes tem suas vantagens. Epic Mickey 2: The Power of Two está a caminho do PS3 no final do ano com suporte total ao PlayStation Move, gráficos em alta definição e uma série de melhorias. Eu conversei com o diretor de criação Warren Spector para saber mais sobre Epic Mickey 2, seu trabalho na série Deus Ex e suas primeiras impressões sobre o PS Vita.

Disney's Epic Mickey 2: The Power of Two para PS3

Obviamente, o PlayStation Move será um dos focos principais em Epic Mickey 2, embora detalhes específicos ainda sejam escassos. “Quando criamos o conceito original do jogo”, explicou Spector, “queríamos dar ao Mickey o controle sobre aquilo do qual ele é feito – traços e tinta. E quando você começa a falar sobre isso, as suas mãos começam a se mover como se você estivesse segurando um pincel… controle gestual é algo que tínhamos que usar. E o PlayStation Move é perfeito para isso”. Mas não se preocupe: o jogo também terá suporte ao DualShock, se você preferir.

Epic Mickey 2 está sendo projetado para melhorar diversos aspectos em relação ao antecessor, começando por um grande aperfeiçoamento na criticada câmera do original. Spector fala abertamente sobre as críticas, explicando que Epic Mickey 2 é o resultado de mais de mil mudanças e ajustes, o que na prática significa que o jogo nunca irá exigir que os jogadores toquem nos controles manuais de câmera (a não ser que eles queiram).

Disney's Epic Mickey 2: The Power of Two para PS3

O jogo também atende outra exigência feita pelos fãs do original com um modo multiplayer cooperativo em tela dividida, o que permite que dois jogadores controlem o Mickey e o Coelho Osvaldo conforme eles se aventuram em universo de desenhos animados devastado por um terremoto. Enquanto Mickey continua usando seu pincel mágico, Osvaldo utiliza um controle remoto para atingir inimigos e comandar criaturas animatrônicas. “Coisas que são fáceis para Mickey, são difíceis para Osvaldo”, explicou Spector. “Trabalhando juntos, eles podem fazer coisas que nenhum dos dois podem sozinhos”. É possível entrar e sair do modo cooperativo a qualquer momento, com o computador assumindo o controle de Osvaldo quando não há um parceiro disponível.

E, em uma decisão surpreendente, a história de Epic Mickey 2 será contada como um musical. “Epic Mickey 2 é a primeira comédia musical em forma de jogo na história dos videogames”, revelou Spector. “Estamos homenageando os 80 anos de criatividade da Disney, como poderíamos não ter músicas no jogo? Spector também confirmou que o jogo terá dublagem para todos os personagens, atendendo outro grande pedido dos fãs do primeiro jogo.

Continue lendo para saber mais sobre o modo cooperativo de Epic Mickey 2, conhecer os jogos de PS Vita favoritos de Spector e as considerações dele em relação ao seu trabalho com Deus Ex — incluindo a versão produzida pela Square Enix Montreal: Deus Ex: Human Revolution.

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PlayStation.Blog: Porque o co-op é um recurso importante em Epic Mickey 2?
Warren Spector, Diretor de Criação, Epic Mickey 2: Um dos grandes problemas que eu vejo em muitos jogos cooperativos é que eles se transformam em “eu causo de dois a quatro pontos de dano com um gráfico que parece uma bola de fogo, e você causa de dois a quatro pontos de dano com um gráfico que parece como uma lança”. Quem liga? Queríamos garantir que Mickey e Osvaldo tivessem habilidades completamente diferentes. Claro, eles andam e correm. Mas Mickey tem a habilidade de usar tinta e diluente para desenhar e apagar as coisas, enquanto Osvaldo tem um controle remoto que dispara rajadas de eletricidade. Isso permite que ele interaja e controle nossos inimigos animatrônicos de maneiras que Mickey não pode.

PSB: Como Epic Mickey 2 vai aproveitar o poderoso hardware do PS3 para superar seu antecessor?
WS: Eu não poderia estar mais orgulhoso da equipe que trabalhou no primeiro jogo; eles superaram os limites do que o hardware poderia fazer. Nossa meta é fazer o mesmo com o PS3. O hardware dele é incrivelmente poderoso… queremos tirar proveito desse poder, de modo que os efeitos visuais sejam melhores, a contagem de polígonos seja mais alta e as animações fiquem mais suaves.

Disney's Epic Mickey 2: The Power of Two para PS3

PSB: O que você acha do PS Vita?
WS: A tela é maravilhosa, me faz querer não ter comprado uma TV de plasma, porque agora eu quero uma TV OLED em casa! É deslumbrante, é como ter um PS3 que eu posso carregar comigo. As duas alavancas analógicas são perfeitas – é um aparelho muito bacana.

PSB: Quais jogos de PS Vita você está jogando agora?
WS: Eu peguei três jogos logo no lançamento: Touch My Katamari, F1 2011 por adorar jogos de corrida, e Rayman Origins. Odeio dizer isso, mas não consigo parar de jogar Rayman. É um jogo maravilhoso e o visual é incrível.

PSB: Você foi um dos principais criadores de Deus EX, mas agora trabalha para a Disney Interactive. Você já quis retornar ao mundo sombrio dos “óculos e sobretudo”?
WS: Nunca diga nunca. É uma boa pergunta… eu não sei se quero fazer um jogo tão sério assim novamente. Eu acho que estou em um lugar mais alegre, apesar de ter muitas ideias para um jogo de fantasia épica que eu posso criar algum dia. Antes de assinar com a Disney, trabalhei em um projeto com o diretor de filmes John Woo, um jogo de ninja moderno com movimentos de parkour e ação intensa. Eu não ligaria de voltar para esta ideia… mas trabalhando com a Disney nos últimos cinco anos, eu penso muito em “como vou Disney-ficar este conceito?”

Não sei se vou voltar a fazer jogos mais sérios, com caras que falam assim, carregam armas e usam óculos escuros à noite. Não sei se farei isso novamente. Depende de onde você está na vida. Naquela época, eu era fanático por fantasia e ficção científica. Queria fazer um jogo real, e estava obcecado com teorias da conspiração. Comecei a trabalhar em Deus Ex em meados dos anos 90, perto do ano 2000, quando o mundo supostamente iria acabar. E pensei, e se todas as conspirações fossem verdade? Era onde minha cabeça estava, e agora ela está em um lugar diferente. Mas eu sou um cara que muda bastante. Talvez na próxima semana minha cabeça esteja em um lugar diferente!

Deus Ex: Human Revolution para PS3

PSB: Você já jogou Deus Ex: Human Revolution? O que você achou dele?
WS: Atualmente tenho sido bem cuidadoso em não falar publicamente sobre Deus Ex: Human Revolution, então serei um pouco discreto. No entanto, vou falar mais do que disse para qualquer um. Eu joguei, terminei e achei que realmente é um Deus Ex. Eles tomaram algumas decisões de design que seriam diferentes do que eu faria, e achei isso fascinante. Alguém deveria escrever uma tese ou uma dissertação sobre isso algum dia, sobre diferentes pontos de vista para um mesmo material em termos de sistema de jogo e jogabilidade. Há uma história bem interessante ali, mas isso fica para outra hora.

Vou contar apenas que terminei dois jogos no ano passado, e Deus Ex: Human Revolution foi um deles.

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