Reflexões melódicas sobre a divertida e melancólica trilha sonora deste amado clássico.
Assim como Scott ao ver Ramona pela primeira vez, os fãs PlayStation se apaixonaram por Scott Pilgrim vs. The World: The Game quando ele chegou para PS3 em 2010. Para desenvolver a amada adaptação retrô da história de Bryan Lee O’Malley, a Ubisoft fez uma parceria com talentosos criadores como o artista de pixel-art Paul Robertson e a banda de chiptune pop / rock Anamanaguchi. A arte e som combinaram magicamente com o gameplay co-op — e assim nasceu um clássico.
Uma década depois, a Ubisoft está relançando a aventura nostálgica de side-scrolling. Para marcar a ocasião, fizemos uma entrevista com a Anamanaguchi. A banda reflete sobre as excelentes críticas do jogo, a evolução de sua música desde 2010, seus personagens favoritos e mais.
Scott Pilgrim vs. The World: The Game – Complete Edition contém a aventura original, além dos DLCs dos personagens jogáveis Knives Chau e Wallace Wells. O jogo chega para PS4 em 14 de janeiro, e será jogável no PS5 por meio da compatibilidade retroativa.
PlayStation.Blog: Quando você vê ou ouve o nome “Scott Pilgrim” nos dias de hoje, qual o primeiro pensamento ou emoção que vêm à sua mente?
Peter Berkman: Que o jogo está finalmente sendo relançado!
Luke Silas: Quando ouço “Scott Pilgrim”, eu lembro da tatuagem de Scott vestindo um terno tanuki que eu fiz quando terminamos a trilha em 2010.
PSB: Qual personagem jogável é o favorito de cada membro da Anamanaguchi, e por que?
PB: Não tive a oportunidade de jogar depois que o DLC saiu, então vou jogar como Wallace quando puder.
Ary Warnaar: Sou muito ruim nesse tipo de jogo, então eu realmente prefiro assistir aos outros membros da banda jogando… mas Kim Pine.
James DeVito: Fico com meu irmão do Baixo, Scott Pilgrim.
LS: Gosto de jogar com os pesadões, então vou como Ramona e apelo com os golpes de martelo.
PSB: Que faixas de Scott Pilgrim vs. The World: The Game você acha que melhor representam o som da Anamanaguchi em 2010?
PB: Provavelmente a música tema — acabamos lançando muitos singles naquele verão — um dos quais foi outra concorrente ao título!
AW: Lembro de curtir bastante “Rox 300” lá atrás, achava que ~era o nosso som~.
LS: Acho que ou “Another Winter” ou “Just Like In The Movies”, estas eram ambas tão cheias de nuance e sons punk como nosso material que não era da trilha sonora. Expandimos bastante, mas naquele ponto, a maioria das pessoas nos consideravam divertidos e ousados como aquelas fases.
A faixa “Subspace Highway” começa a tocar quando Scott navega por uma trilha que dobra a realidade.
PSB: Qual faixa de Scott Pilgrim vs. the World: The Game você acha que melhor representa o som da Anamanaguchi em 2021?
PB: O design de som de “Subspace Highway” se encaixaria bem em nosso último álbum, [USA].
AW: Gosto muito da progressão de acordes de “Vegetable Rock”. Meio grunge. Tenho ouvido muito essa faixa recentemente.
LS: “Leave The Past Behind!” É dinâmica e melancólica, e tem muita energia em uma única música. Parece algo em que trabalhamos hoje em dia.
PSB: A faixa “Another Winter” captura perfeitamente a vibe divertida e melancólica do mundo de Scott Pilgrim. O que acontece em um nível musical para invocar estas emoções?
PB: Pessoalmente, eu amo a tensão entre o 7o e o 9o acordes — pilhas de sentimentos complicados — algo que está muito presente em nossa música. Nesta em particular há uma chamada e resposta bonitinhas que quebram em uma melodia ansiosa. Tinha acabado de tirar o dente do siso, haha. Nesta música, todo o som é mantido pela força da bateria. Revisitar muitas dessas canções me faz pensar o quão engraçado é ver que as notas altas parecem melancólicas, e as baixas parecem energéticas.
A música melancólica do Stage 1, “Another Winter”.
PSB: Por que você acha que Scott Pilgrim vs. The World: The Game teve uma adoração tão grande dos jogadores que persistiu durante os anos?
PB: Acho que muito disso vem do sentimento que Bryan (Lee O’Malley) conseguiu trazer para seus quadrinhos. Quanto ao jogo em si, é algo para pessoas que realmente curtem games. A arte é incrível. Todos envolvidos realmente queriam que ficasse bom, então tomaram cuidado e encheram o jogo de detalhes. É meio que uma “carta de amor” a chamar os amigos para vir em casa e jogar junto no sofá.
AW: Além disso, acho que a arte tem um papel enorme na apreciação de longo prazo do jogo. Envelheceu muito bem. Paul Robertson realmente trouxe o melhor do seu estilo pixel art, mas sem ficar preso no mundo “retrô”.
PB: Verdade! Kinuko (Mariel Kinuko Cartwright, artista) e Persona (Jonathan Kim, artista) também deram muita vida às animações.
PSB: Vocês tiveram que adaptar ou ajustar seu som para encaixar no mundo de Scott Pilgrim, ou seu som dos anos 2010 já era adequado?
PB: Nosso estilo já estava encaixado na vibe geral, mas foi muito divertido adaptá-lo para alguns momentos em que uma “banda fazendo um show” geralmente não participa. Como o tema de bossa nova de uma loja, ou as músicas dos chefes.
AW: Houve algumas coisas que eram fora de nossa zona de conforto. Alguns daqueles estilos foram criados apenas para o jogo, mas outros começaram a formar sons que ficaram mais normais para nós. Faixas no estilo dance-tempo eram algo bastante novo para nós na época!
PSB: Em retrospectiva, quais faixas de Scott Pilgrim vs. The World: The Game são suas favoritas?
PB: A música do trêm do Nível 4 (“Suburban Tram”) sempre me faz feliz!
JD: “Just Like in the Movies” é uma que eu acho bem divertida de tocar e que também me faz feliz.
AW: Há uma introdução bastante curta que, até onde eu saiba, é chamada “Kiss 2”. Ainda acho ela bastante bonita.
LS: Há uma versão completa de “This Is The End,” a música perfeita de término, que nunca foi lançada antes; sem querer provocar ninguém, mas para mim, essa é a melhor. Talvez todos possam ouví-la em breve.
Os comentários estão fechados.