O jogo de infiltração em cultos com narrativa procedural e múltiplos finais chega na próxima semana.
Fico feliz em dizer que The Church in the Darkness está finalmente chegando para PlayStation 4 no dia 2 de agosto!
Estivemos trabalhando bastante para trazer este game à vida. Não se trata apenas de um jogo sobre a infiltração em um culto, é um game feito para ser jogado várias vezes, devido ao seu conteúdo gerado processualmente e pela sua narrativa que em constante mudança. Cada vez que começar se perguntará: o quão perigoso é este culto e o que vou fazer a respeito?
The Church in the Darkness se passa em um culto religioso nos anos 70, uma época onde as pessoas buscavam novas sociedades, e algumas vezes esses grupos acabavam em tragédia. Nosso grupo se chama The Collective Justice Mission, e se mudaram para a América do Sul para construir uma utopia socialista na selva. O interessante é que a personalidade do líder do culto muda sempre que inicia um novo jogo.
Você infiltra o grupo em busca de seu sobrinho Alex, para ver se está tudo bem com ele. O jogo possui muitos elementos que aumentam sua rejogabilidade — objetivos diferentes, locais de itens, e configurações de guardas, para listar alguns. Mas também usamos técnicas de narrativa processual para mudar o credo e a motivação dos líderes do culto. Conforme entende o mundo de Freedom Town ouvindo as transmissões dos líderes pelo sistema de áudio,lendo documentos, e conversando com membros amigáveis do culto, deve decidir o quanto o culto é perigoso ou não. Mas não importa qual versão do culto enfrente, é preciso tomar cuidado com seus guardas, já que o grupo nunca tolera farsantes em seu meio.
Durante minha pesquisa sobre cultos religiosos do mundo real, o que mais me fascinava era o quanto tais sociedades podem ser difíceis de entender de fora. Na verdade, para muitos dentro do culto, ele nem se parece com tal. Mesmo que o grupo tenha qualidades tipicamente relacionadas com cultos, se as pessoas não estão causando mal a si mesmas ou aos outros, é seu direito viverem como desejam. Então, como algúem de fora, como ter certeza? Criando um jogo com narrativa alternante, podemos explorar esta história de todos os lados.
No nosso trailer de lançamento acima, pode ver alguns indícios disso — pode encontrar mensagens escritas em gravetos no chão em um jogo, que dizem algo diferente em outro. Uma escultura de metal retorcido pode ser reverenciada em um jogo, ou ser apedrejada em outro. É possível tirar conclusões rápidas sobre qual grupo é melhor, mas as respostas sempre são mais complicadas do que parecem.
O jogo é sobre escolhas. O que acontece quando você encontrar seu sobrinho Alex? Talvez ele esteja bem, talvez queira sair, ou algo diferente. Talvez um membro conte para você onde estão os líderes Isaac e Rebecca, e você decida confrontá-los sobre o que sabe. Além de jogabilidade clássica de infiltração que permite ser letal, não letal, ou uma combinação dos dois, você também terá que fazer estas escolhas narrativas sobre o que fazer a respeito de Alex, Isaac, e Rebecca.
Todas as escolhas que fizer durante o game fazem parte do nosso sistema para determinar como tudo acabará, e vários finais possíveis existem. Para ajudar os jogadores a explorarem as várias possibilidades, criamos as telas de “Finais” que permitem ver o que já foi destravado até então.
Também queremos que seja desafiado ao jogar múltiplas vezes. O sistema de dificuldade do jogo pode aumentar bem os desafios. Quando for começar novamente, pode elevar a dificuldade para vivenciar um jogo mais intenso, com direito a marcações especiais na tela de final, onde pode ver seu progresso geral. E claro, há alguns troféus valiosos se terminar nas dificuldades maiores, sem falar em tudo que terá que fazer para conseguir aquele cobiçado Troféu de Platina.
The Church in the Darkness tem sido um projeto de paixão meu por vários anos. Com o que estamos fazendo com narrativa experimental, estou ansioso para ver como os jogadores reagirão, e curioso para ver se descobrem como funciona o sistema. Na selva não há respostas fáceis, e quero saber o que a história significa para cada um de vocês.
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