A Ubisoft eleva a série a um novo patamar com uma experiência humana corajosa e cativante.
Em todo Assassin’s Creed, há um momento onde o assassino escala até um ponto alto para ter uma vista grandiosa — uma torre, uma varanda, o mastro de um navio — e então foca sua visão aquilina nas terras em volta, antes de saltar graciosamente.
A emoção geralmente está no salto, um reflexo da jogabilidade fluida que já foi a fundação da série. Em Assassin’s Creed Odyssey, a emoção está na escalada, e na beleza que recebemos de recompensa no topo.
Sempre fui fã da série de furtividade da Ubisoft, mesmo com todas as mudanças que sofreu durante os anos. Alguns tiveram mudanças corajosas e grandes como Black Flag ou Origins, ano passado. Mas Odyssey joga tinta fresca por toda a tela e cria algo familiar mas novo. O mundo da Grécia antiga é uma maravilha, cheio de oportunidade em todo canto.
Em vez de buscar vingança ou manter uma tradição, Odyssey é uma jornada de ação e escolhas. Ainda não há uma irmandade ou credo para seguir. No lugar, você está preso às suas próprias ambições, quaisquer que sejam. Você é um mercenário com sonhos, exilado de Esparta e com o mundo todo à sua frente, esperando para ser explorado. Para mim isto significou jogar com uma Kassandra esperta e empática, lutando contra homens e mitos para reunir sua família. Para outros pode ser uma abordagem mais sangrenta, buscando retribuição e nada mais. Outros podem buscar glória no campo de batalha ou nas arenas. Também é possível ignorar os exércitos e viver a vida de um pirata. Cada missão é uma escolha, e essas escolhas refletem por todo o jogo, abrindo ou fechando portas como nunca antes visto. A série sempre nos deixou explorar fora da história principal, mas em Odyssey, mesmo a missão principal se divide de maneira imprevisível pelo mapa, descobrindo novas aventuras e segredos.
A série também se reinventa ao se livrar do que antes já foi a essência de um assassino: a Lâmina Secreta. Admito que fiquei com o pé atrás com isso ao iniciar Odyssey… até que chutei o primeiro inimigo de um penhasco com um Chute Espartano. O uso de golpes especiais junto de sua nova arma principal, a Lança de Leônidas, é natural para a série, e me dava uma injeção de adrenalina a cada encontro. O combate se torna uma sucessão rápida e flexível, com a furtividade ainda sendo grande parte da experiência, embora o maior número de habilidades cria opções mais estratégicas, de caçadas à animais até confrontos em massa.
O que torna Odyssey um destaque tão grande são seus personagens humanos tão ricos e cativantes. Kassandra pode ser bem engraçada, e divertida, não importa com qual estilo prefira jogar. Já passei batido por objetivos e docas na embarcação Adrestia, apenas para ouvir meu capitão Barnabas e o historiador Heródoto discutirem sobre fatos e ficção. Flertei com uma senhora que havia me pedido para conseguir um afrodisíaco para seu marido exausto (que também me pediu para ahn… dar uma mãozinha com sua esposa). Mesmo quando a missão principal se separa em menores, elas levam à personagens incríveis. Num mundo com tanto o que se fazer, são esses momentos que me fazem voltar por horas à fio.
Assassin’s Creed Odyssey eleva a série a um novo patamar, sendo divertida para fãs leais e um ótimo ponto de entrada para quem nunca soube onde começar antes. É um dos melhores jogos deste ano, e um acerto em cheio para a franquia de mais de uma década.
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