Persona 5: Um Agradecimento Especial da Atlus para os Fãs

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Persona 5: Um Agradecimento Especial da Atlus para os Fãs

Um mês depois do lançamento do aguardado JRPG, o diretor da série Katsura Hashino vem agradecer aos fãs pelo apoio.

Como desenvolvedor, estou feliz em saber que Persona 5 está sendo jogado por tantas pessoas do outro lado do mundo. Para ser sincero, é muito difícil medir a popularidade no Ocidente quando nossa equipe está no Japão. Não somos capazes de ver os comentários e discussões de todos. Seria fantástico interagir com os fãs no exterior, mas infelizmente, estou preso no escritório comendo um lamen instantâneo (risos). Persona 5 tem uma história muito “japonesa” com alguns aspectos políticos, então não podia prever como os jogadores no ocidente iriam reagir a isso. Eu sabia, entretanto, que Persona 5 estava sendo aguardado ansiosamente por gamers do resto do mundo enquanto o criávamos, então fiquei curioso para ver como a trama seria recebida.

Vou fazer uma digressão agora, mas acredito que as histórias de super-heróis japoneses tradicionais tendem a lidar com invasores de fora de sua sociedade, enquanto os equivalentes ocidentais lutam contra vilões e desajustados de dentro dela. Há uma noção da sociedade sendo responsável pela criação desse mal, e tal pano de fundo permite que a imaginação da audiência corra solta, pensando “poderia ter sido eu.” Por exemplo, o Coringa do Batman não levanta alguns pontos válidos com os quais você sente certa ressonância?

Persona 5 também é uma história de super-heróis na qual você enfrenta vilões que vem de dentro da sociedade, então senti que seria recebido de forma diferente das versões anteriores. É claro, poderia ter errado feio e sido criticado por isso, então minha ansiedade e empolgação estavam divididas. Desde o lançamento do jogo no Ocidente, eu queria olhar para trás mais tarde, depois de receber o feedback da plateia ocidental – como foram suas experiências de jogo, o que sentiram etc. Espero que o conto de Persona 5 deixe uma sensação duradoura em todos que o jogaram. Não importa que tipo de projeto eu faça daqui para a frente, amo criar RPGs que são tanto comoventes e fáceis de se reconhecer, independente das diferenças culturais – aliás, estou mais interessado em fortalecer esses aspectos agora.

Ano passado, com a marca do 20º aniversário da série Persona, eu passei o desenvolvimento da série para meus sucessores e anunciei o início de um novo projeto de RPG que se ambienta em um mundo de fantasia. Seja um jogo nos dias de hoje, como as séries Persona e Shin Megami Tensei, ou um game ambientado em um novo mundo de fantasia, almejo criar títulos que ofereçam uma experiência valorosa de autorreflexão através de uma jornada, enquanto se interpreta personagens com os quais os jogadores possam se reconhecer.

Esses esforços só são possíveis graças à recepção positiva que recebemos dos fãs – não apenas no Japão, mas no mundo inteiro – da série Persona e RPGs da Atlus em geral. Agradeço todo seu apoio para esse novo capítulo da série Persona, e espero que todos aproveitem os novos RPGs da Atlus que estão por vir.

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