O fim do mundo está quase aqui. O Everybody’s Gone to the Rapture agora tem uma data de lançamento, 11 de agosto, e a equipe está trabalhando muito nos toques finais pra garantir que o jogo seja tão perfeito quanto ele pode ser. Enquanto você lê isso, eu estou em Los Angeles com o nosso brilhante designer de som Adam Hay e a maravilhosa equipe de som e música da Sony fazendo a mixagem final do jogo. Eu nem acredito que essa hora finalmente chegou – é assustador e empolgante na mesma medida porque isso significa que não há mais mudanças: não tem mais “podemos tentar…”, nem “que tal se…”, nem “eu acho que devíamos…” – apenas a certeza de que, pro bem ou pro mal, é assim que o jogo vai soar quando for lançado. *chora baixinho no travesseiro encharcado de gim*
Além de ser a compositora da The Chinese Room, eu também sou a head adjunta do estúdio, e trabalhar com esse jogo foi muito divertido. É claro que houve vezes em que eu mastigaria meu próprio braço pra poder sair do desenvolvimento, mas é assim mesmo em projetos longos! Eu conheço esse jogo tão bem – eu conheço cada pedra, cada narração, cada pedacinho de grama. Esse nível de imersão no mundo do jogo me permitiu compor uma trilha que é uma carta de amor para o jogo e seus personagens. Cada personagem principal tem seu tema musical distinto (pense em Pedro e o Lobo, mas para o apocalipse) e a música ajuda a te guiar gentilmente pelo mundo, além de proporcionar o centro emocional da experiência.
Tudo o que queremos como artistas é continuar melhorando; nós procuramos por aquela coisa que está sempre fora do alcance. A música do Everybody’s Gone to the Rapture foi um verdadeiro desafio – por se passar nos anos 80, talvez houvesse a expectativa de que eu criasse uma trilha retrô cheia de sintetizadores. Eu tentei isso e quando nós colocamos no jogo simplesmente não funcionou. O mundo que a equipe criou é tão atemporal e parecia errado pesar a mão e impor um pastiche para aquele ambiente. Então eu decidi criar algo que eu espero que seja música atemporal; música para uma Inglaterra que só existiu na nossa imaginação.
Ter a oportunidade de compor músicas belas para esse incomparavelmente belo jogo foi uma verdadeira honra. Pra mim, gravar no mundialmente famoso AIR Studios foi um daqueles momentos que definem a carreira de alguém. Enquanto eu ficava lá assistindo e ouvindo o conjunto de músicos e cantores fenomenalmente talentosos eu tinha que me beliscar pra ter certeza de que eu não estava sonhando. Eu tive a sorte de ter esse momento tão especial documentado pela Sony e vocês podem assistir ao vídeo aqui pra ter um gostinho da música do Everybody’s Gone to the Rapture e saber um pouco mais sobre como ela foi criada. O resultado final é – eu espero – campestre, onírico, lírico, passional, poético e, mais do que tudo, uma forma de encapsular tudo a respeito desse jogo: uma celebração do que é ser humano.
Venha nos visitar em GoneToTheRapture.com.
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