Ruin (título provisório) foi visto pela última vez no estande de PlayStation na E3 2011, quando pudemos ver como funciona a transferência da sua sessão de jogo do PS Vita para o PS3 via wireless sem perder um só segundo de ação. A compatibilidade interplataformas é impressionante, mas eu soube que isso é apenas o começo do que os codesenvolvedores Idol Minds e SCE San Diego Studios estão planejando para este ambicioso RPG de ação multiplayer.
Ruin ainda está nas etapas iniciais do desenvolvimento, mas tem sido muito esperado pela sua compatibilidade entre o PS Vita e o PS3, a jogabilidade de RPG de ação viciante e muitas funções sociais.
Os desenvolvedores de Ruin estão criando uma rede social ampla, feita para manter você interagindo, seja no sofá, no ônibus ou em qualquer outro lugar. O animado Travis Williams, produtor sênior de Ruin, me falou sobre as ambições sociais do jogo há algumas semanas, durante uma demonstração para a mídia em Nova York. Williams me disse que, desde os primeiros dias do processo de desenvolvimento de Ruin, a equipe queria encontrar um jeito de fazer seu modo cooperativo mais acessível e socialmente viciante – aspectos importantes por conta da conexão wireless sempre ativa do PS Vita e o suporte interplataformas com o PS3. “Nós ficamos obcecados para encontrar um jeito de fazer o PvP (Player vs Player), uma mecânica melhor para conseguir itens de outros jogadores”, disse Williams.
Apresento-lhes a Fortaleza. Ela será o seu canto mais recôndito, o seu orgulho e felicidade, seu trono de poder. “É uma extensão de você, uma construção com a qual os outros jogadores podem interagir”, explica Williams. “Você vai passar tanto tempo personalizando a sua Fortaleza quanto equipando o seu personagem”. A Fortaleza tem uma importância dupla: ela aumenta o seu ataque quando você está jogando, e age como sua defesa quando não está. “Se você e eu fôssemos rivais, você não iria me atacar diretamente”, disse Williams com um sorriso malicioso. “Você iria atacar a minha Fortaleza.”
Sua Fortaleza permite que você melhore seus poderes de ataque – mas serve como um alvo tentador para outros jogadores. Por sorte, você pode deixar monstros e outras criaturas para cuidar dela enquanto você estiver fora.
Sua Fortaleza é totalmente personalizável, permitindo que você mexa em tudo, desde o layout físico e o estilo visual até os monstros e chefes que o protegem enquanto você conquista o mundo. Conforme ganha relíquias, você pode colocá-los em sua Fortaleza para ganhar bônus sinergéticos que melhoram as características defensivas e ofensivas do seu personagem. Você pode trocar esses itens de lugar à vontade na sua Fortaleza, e isso pode mudar os efeitos radicalmente. “Há uma relíquia chamada Poison Ivy Trophy, e você pode colocar no seu Depósito de Armas para deixar suas armas venenosas”, exemplifica Williams. “Ou, se colocar no seu Bestiário, vai aumentar o dano venenoso dos monstros que cuidam da sua Fortaleza.”
Conforme encontra jogadores pela PSN, sua Fortaleza se torna uma forma de mostrar seu status social. Por exemplo: se você encontrar outro jogador que esteja usando uma armadura de espinhos, é um sinal evidente de que a Fortaleza dele possui uma relíquia poderosa chamada Heart of Titan. “Se você quiser tomar esse item dele, você pode desafiá-lo”, explica Williams. “Você aposta um item valioso contra o Heart of Titan. Se o outro jogador concordar, o jogo guarda ambos os itens enquanto os dois acabam com a Fortaleza um do outro pelas próximas 24 horas”. E, 24 horas reais depois, o jogador com a maior pontuação agregada fica com os dois itens – e o direito de se vangloriar. “A melhor parte”, disse Williams, “é que a competição e as apostas são acordadas por ambas as partes”.
O Heart of Titan e o The Reaper, dois tesouros para a Ruin, mostrados pela primeira vez. O lugar em que você posiciona essa relíquias determina como elas vão beneficiar seu personagem.
Apesar de Williams ter confirmado que Ruin vai incluir elementos co-op de alguma maneira, ele manteve a nossa conversa voltada para o modo competitivo do jogo. “É importante criar um ambiente que seja amigável”, disse Williams, “então nosso serviço de criação de partidas funciona como um site de relacionamentos. Nós fazemos você jogar com pessoas que são o seu oposto, o Yin do seu Yang”. O objetivo principal é colocá-lo contra pessoas que jogam na mesma hora que você, que têm os itens de que você precisa e que garantem um bom páreo para o seu nível. Enquanto isso, sem você se dar conta, o sistema social de Ruin vai servir como uma isca, provocando você para que jogue contra outros jogadores com um sistema de mensagens e notificações. “Fazemos o papel do moleque que planta a discórdia e causa brigas na escola”, disse Williams. “Vamos mandar mensagens tipo ‘Tudo bem, você pode atacar aquele cara na sua lista de amigos e receber 100 XP… Mas este outro cara aqui te ofendeu, ele atacou a sua Fortaleza, e você vai receber 1000 XP se buscar vingança!’”
Sua Fortaleza é composta por diferentes salas, desde o Depósito de Armas e o Bestiário até a Biblioteca mostrada nesta imagem.
O suporte social robusto de Ruin também dá aos desenvolvedores a oportunidade de melhor alguns problemas conhecidos dos jogos sociais, começando pelo inimigo público número um: as atualizações sem sentido que os jogos sociais fazem pelas contas de Facebook e Twitter mundo afora. “Fulano conseguiu Ouro, Fulano conseguiu Ouro, Fulano conseguiu Ouro”, reclama Williams. “Por que eles não podem simplesmente dizer ‘Fulano conseguiu muito Ouro hoje’ e deixar assim?” Williams quer que Ruin adicione contexto a suas atividades e realizações de uma maneira nova e útil, sem encher o saco dos seus amigos. Apesar de os detalhes ainda estarem sendo finalizados, Williams prevê uma grande central de alertas que analisa suas atividades e comportamentos para, então, enviar para suas redes sociais. “Podemos construir uma história pela maneira como você interage com outros jogadores”, disse Williams, “criar algum contexto com essas interações sociais de cada dia”. Williams aponta para um exemplo envolvendo dois jogadores fictícios chamados João e Paulo. “Se João atacar Paulo 10 vezes em um dia, nós vamos publicar isso como ‘Paulo está sendo humilhado por João’.”
Outras duas relíquias: o Unfinished Warrior e o Goblin Idol. O que será que eles fazem?
Mas o aspecto social de Ruin vai mais além. “Há uma razão para querermos dar tanta importância a suas atividades no jogo”, Williams continua. “As notificações de status dos jogos sociais costumam dizer o que as pessoas fizeram, em vez de o que elas estão fazendo. Se você estiver fazendo a espada suprema em sua Fortaleza, e isso demorar um tempão, nós vamos disparar alertas sobre isso, para que os outros jogadores vejam”, disse Williams. “E, se você adquirir algo valioso, vamos fazer isso repercutir mesmo. ‘Fulano encontrou o Golden Rod of Power!’, e você vai ficar tipo, ‘SHHHH!’.”
“Com certeza, queremos que Ruin seja a sua história”, completa Williams. “Quando você começa o jogo, nós vamos dizer, ‘Essa é a história de como VOCÊ se tornou o melhor guerreiro do planeta’.”
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