A guerra mudou. E, felizmente, para a melhor. Há pouco tempo, Jeff e eu pudemos testar o modo multiplayer de Battlefield 3 em uma versão pré-alfa para PS3. Após os comentários positivos sobre o hit Battlefield Bad Company 2, a desenvolvedora DICE está criando uma sequência poderosa, com nova tecnologia de animação e renderização, ferramentas online remodeladas e disputas mais selvagens.
Durante a partida multiplayer, Jeff e eu ficamos em lados opostos (o meu lado saiu vitorioso, é claro). Após nossa sessão de testes, nós comparamos nossos pontos de vista sobre o modo multiplayer de Battlefield 3.
Sid Shuman: Com o estilo agitado de Call of Duty se tornando padrão para muitos shooters militares, estava curioso para ver como o multiplayer de Battlefield 3 marcaria seu próprio território. Fiquei feliz em encontrar um jogo acessível que mantém as raízes realísticas de Battlefiel e, ao mesmo tempo, evolui o visual, estilo e tática. Este é um shooter que aprendeu lições importantes com Call of Duty – principalmente quanto à acessibilidade – mas continua a caminhar com seus próprios pés.
Jeff Rubenstein: Eu sei que você é mais fã dos modos de equipe, então deve ter gostado muito do modo Rush. A característica principal de Battlefield é que as equipes são separadas entre ofensiva e defensiva, com atacantes tentando cumprir seus objetivos (ou explodi-los, antigamente), detendo os defensores. Gosto dessas partidas por não se resumir apenas em conseguir matar mais. Consiste em conquistar objetivos. O egoísta geralmente morre.
Naturalmente, estávamos em times opostos.
Sid: É verdade. O mapa em que jogamos, Operation Metro, priorizava a infantaria pesada, e foi o lugar ideal para testar os combates simétricos do modo Rush. Logo na primeira partida, o que chamou minha atenção foi o design de mapas de Battlefield 3. Em Operation Metro, colinas levavam a campos de vegetação pesada, permeados por barricadas e formações rochosas, dando à movimentação e às batalhas uma sensação mais orgânica e libertadora. Este não é um shooter em que você corre pelos mesmos corredores e mira pela mesma janela empoeirada até cansar. Os cenários abertos e cheios de caminhos fazem com que você fique atento a aproximações silenciosas. Isso, somado a um sistema de danos extremamente realístico e um curto e tenso período de respawn, me forçou a jogar com muito mais cuidado do que estou acostumado em jogos de tiro multiplayer – eu dava alguns tiros, corria para algum lugar seguro, me abaixava e procurava cercar os oponentes próximos. A experiência foi mais tensa do que alguns jogos de terror que conheci, e me forçou a fugir de muitos tiros e rastejar para não ser abatido. O esquema funcionou por mais de 10 mortes seguidas, até que me acertaram com um rifle sniper potente e as luzes se apagaram de vez.
Jeff: Sabe, pela incapacidade do meu esquadrão em desalojar seus defensores de suas posições no mirante, não conseguimos avançar, e por isso não conseguimos ver todo o mapa, que ainda tinha um depósito subterrâneo. Curiosamente, o mapa Operation Metro foi baseado em um parque parisiense – Owen Johnson, da DICE, comentou que alguns amigos franceses testaram a demo e acharam o mapa bem semelhante, embora a atual estação de metrô esteja mais, digamos, derrubada na vida real.
Sid: Pois é, dizem que os Suecos são pessoas muito meticulosas. Além do mapa extenso e da geografia supostamente fiel, também fui surpreendido pelas novas maneiras de interagir com o ambiente. Battlefield 3 tem uma física imersiva que não costumo ver em outros shooters – em alguns momentos me lembrou Mirror’s Edge, também desenvolvido pela DICE. Gostei de ver como, ao saltar por sobre uma barricada, o meu personagem jogou as pernas por cima da mureta, em vez de simplesmente pular por ela como se não tivesse peso nenhum. Parece duro e confuso, mas convincente de uma maneira que me conectou com o ambiente. Um exemplo: muitas vezes estava fugindo do perigo e mergulhava para fugir das balas, fazendo meu personagem deslizar pela grama de um jeito que me espantou. Na verdade, fiz muito disso por causa dos atiradores no seu time. Ei, você estava como sniper, não?
Jeff: Ops, aquilo *não* foi de propósito. Na pressa para entrar no jogo o mais rápido possível, comecei a apertar o X e acabei escolhendo a classe Recon, que você conhece como “sniper”. Imaginei que não duraria tanto tempo (e não durei!), então resolvi explorar as maneiras como a classe Recon evoluiu desde BF:BC2. Uma mudança notável é que, agora, todas as classes podem rastejar. Para balancear um pouco a maior furtividade do sniper, a DICE trabalhou nas armas para entregar a posição quando ele alveja alguém por muito tempo. Eu escolhi um lugar aparentemente seguro, deitei e mirei em um inimigo. O que notei imediatamente não foi o fato de eu ter errado o tiro – isso eu até esperava. Foi o incrível tranco do disparo. O barulho foi ALTO e PERIGOSO. Durante o restante da missão, notei que as armas soavam mais amedrontadoras e mortais que as armas que usei em outros jogos. No mínimo, Battlefield 3 traz uma melhoria clara no tratamento do áudio. E você, que classe estava usando?
Sid: Estava firme na classe Assault, versátil e pronta para o combate, contendo habilidades de um médico de campo, incluindo um desfibrilador que ressuscita aliados e kits médicos para curar parceiros machucados. Também me arranjei com a classe Support, que carrega uma leve metralhadora e um bolso cheio de armas. Curiosamente, o Support pode usar um… suporte para o cano da arma em qualquer área sólida (numa barricada ou em terra) para aumentar mira e precisão, praticamente criando um turret quando bem entender.
Assim, fiquei impressionado em ver que, diferente de muitos shooters, Battlefield 3 dá ênfase em descarregar fogo pesado – uma tática forte para controlar e vencer um tiroteio real. Você ganha XP quando acerta inimigos estando em cobertura. Melhor ainda, deixa a visão deles embaçada, deixando-os em desvantagem. Isso é perfeito para a classe Support e suas balas de alta capacidade.
Jeff: Eu gosto da ideia de combinar a classe de médico com a tropa Assault – ambos são úteis na linha de frente. Geralmente prefiro a classe Engineer, pois gosto tanto de destruir quanto de reparar tanques. Johnson acrescentou que “os Engineers foram os que menos mudaram”. Por mim, maravilha. Você chegou a conseguir uma morte com ataque melee? Eles colocaram uma interessante forma de colecionáveis com as dog tags personalizáveis, permitindo criar uma coleção de suas finalizações mais próximas. Tenho certeza de que vamos ouvir mais sobre esse recurso em breve.
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Bem, isso é tudo o que pudemos dizer após uma partida multiplayer de 10 minutos, mas o aperitivo foi bom o bastante para nos deixar famintos por mais Battlefield 3. Vamos continuar falando sobre este aguardado título aqui no PlayStation.Blog até o seu lançamento no dia 25 de outubro. E não se esqueça: Battlefield 1943 está incluso no Blu-ray como um bônus exclusivo do PS3.
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