O artista principal de personagens de God of War lista seus jogos preferidos de PlayStation na primeira edição brasileira do programa.
Discover The Creators é um novo programa de curadoria da PlayStation Store em que pedimos para alguns dos maiores nomes na indústria para escolher seus jogos de PS4 favoritos para ajudar quem estiver em busca do próximo jogo para jogar.
Lembro muito dos meus dias iniciais como gamer, no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000, quando ainda morava no Brasil e visitava a casa de amigos para jogar Silent Hill, Tony Hawk’s Pro Skater, Resident Evil, Final Fantasy, Dino Crisis (ainda um dos meus favoritos). Essa foi uma época que me marcou bastante, e anos mais tarde, ainda me sinto inspirado por estes jogos. Foi isso que me levou a criar arte para jogos.
Pediram para que eu criasse uma lista com meus jogos favoritos, e apesar de ser um grande fã dos jogos de luta, não coloquei nenhum deles aqui. A lista provavelmente ficaria grande demais se eu adicionasse todos os meus favoritos. Ser um artista também significa que é muito difícil balancear o tempo que uso para jogar e para criar jogos. Aqui vão alguns títulos que permaneceram comigo durante os anos e ainda servem de inspiração para o que eu crio após todo esse tempo.
The Last of Us
Last of Us precisa estar na lista, é claro. Começar uma nova franquia após o sucesso de Uncharted criou uma baita expectativa, e mesmo assim, Neil Druckmann e a equipe da Naughty Dog conseguiram superá-la. Esse é o jogo que uso para apresentar os games para aqueles que não jogam. O mundo que a Naughty Dog criou é maravilhoso, com muita atenção aos detalhes e uma narrativa impressionante. A atuação foi uma das melhores que já vi em um jogo, e ficará como referência para sempre após terminar o jogo.
Horizon Zero Dawn
É muito fácil se perder na ideia de humanos lutando com dinossauros robôs e achar que o jogo é só isso. Horizon faz um trabalho fenomenal de criação de universo, fazendo do mundo um lugar pelo qual você se importa, e adicionando a isso mecânicas e combate fantásticos. Foram poucos os jogos cujo universo me cativou tanto quanto o de Horizon, a história contada é ao mesmo tempo pessoal e épica. O jogo é realmente ambicioso, e a Guerrilla Games conseguiu entregar o que prometeu. A direção de arte de Jan-Bart van Beek e o trabalho da equipe é muito inovador, algo que a indústria realmente precisa.
Journey
Journey é um jogo que me marcou por suas escolhas de design e sua direção de arte. Todo o design foi criado para provocar uma resposta emocional, o som e os elementos visuais criaram um novo padrão de qualidade para o entretenimento interativo da época, e muitos jogos foram inspirados nele. Só isso já faz desse trabalho algo extraordinário, mas a forma como esses elementos estéticos são unificados com uma direção maravilhosa e um enredo emocionante é o que faz deste um dos melhores títulos que já joguei.
Inside
“Inside” prova que você não precisa de uma equipe enorme para fazer um jogo lindo e surpreendente. Não me leve a mal, tem um bocado de coisas acontecendo neste jogo, mas a simplicidade e a sutileza dos detalhes é o que faz de “Inside” um dos jogos de mais bom gosto artístico que já joguei. Cada frame parece criado e polido meticulosamente, fazendo de “Inside” uma experiência curta, incrível e imperdível.
The Order: 1886
Todo artista de games deveria jogar este jogo. The Order:1886 é um dos jogos mais bonitos já criados; desde a direção de arte até a execução de cada objeto do jogo, a qualidade dos materiais, os rostos dos personagens, a iluminação, o pós processamento; tudo é impecável. Os artistas da Ready at Dawn fizeram um trabalho fantástico de mesclar influências vitorianas com um design steampunk, e o resultado é um jogo cheio de grandes espaços, objetos lindos e pessoas críveis. A Ready at Dawn foi muito além dos limites de um videogame na época, e elevou uma geração inteira de games a um novo patamar.
The Last Guardian
Se você ama personagens tanto quanto eu, este é o jogo para você. The Last Guardian não é só um jogo, é um relacionamento. Como os jogos anteriores de Fumito Ueda, você aprende a se importar com estes personagens. O fato desta ligação emocional parecer tão real é o que faz The Last Guardian ser tão especial. E tudo isso se revela por um visual magnífico, que mistura anime e pintura no mesmo estilo de traços suaves que marcou os outros trabalhos de Ueda. Como um artista, eu realmente aprecio a dedicação que foi colocada neste jogo.
Bloodborne
Provavelmente um dos jogos que mais passei horas jogando. Bloodborne foi uma experiência incrível em gameplay, design e criação de mundo. O jogo continuava apresentando novos personagens icônicos e chefes surpreendentes, com um design chamativo e elegante. O desafio que o jogo apresenta, profundo, mas sem ser extremamente punitivo, é o que faz Bloodborne ser irresistível para mim.
Vá agora para a PlayStation Store para conferir a lista completa dos jogos favoritos de Rafael.
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