Primeiros detalhes do novo game de luta cheio de fatalities da NetherRealm, além de uma entrevista com o criador da série, Ed Boon.
A série Mortal Kombat recentemente comemorou seus 30 anos de existência. E que jornada que teve! Onze títulos principais na série em mais de 6 gerações de consoles, e algo entre 70 e 80 personagens, dependendo de onde e como quiser começar a contar.
E agora, Mortal Kombat 1, que promete não maneiras nos litros de sangue, promete um reset da história, voltando para um início. É uma nova introdução ao IP, e vem com uma grande mudança no gameplay.
Kameos em Destaque
Embora o visual esteja incrível, e as lutas continuam tão cheias de adrenalina quanto antes, os Kameo Fighters são o destaque deste show. Usando uma combinação de comandos direcionais e o botão R1, você pode mandar seu parceiro Kameo encher seu inimigo de porrada no ar, mantê-lo no ar,atirar nele de longe, arremessá-lo, usar um combo-breaker… e até uma fatality.
- Seja estratégico. Os Kameo Fighters possuem um período de espera até poderem ser usados novamente, então não é possível abusar deles contra seu oponente. Eles funcionam melhor como uma extensão de seus combos, ou uma maneira de manter a pressão no seu oponente – se já jogou Tekken Tag Tournament, você tem uma ideia de como os Kameo Fighters funcionam.
- Os Kameo Fighters são uma combinação de duas idéias. No início do desenvolvimento de MK1, a equipe de design propôs modificadores exclusivos para cada lutador, como um drone para Sonya que pudesse melhorar seus ataques. “Mas era algo específico a cada lutador, e eu lutei contra isso,” diz Boon. “Achei que deveríamos fazer algo que todos pudessem usar.” Depois havia a questão do modo Tag 2×2, que não víamos desde o Mortal Kombat de 2011. “Amamos, e muitas pessoas também,” explica Boon, “mas não era algo muito utilizado na prática.” Então criamos os Kameo Fighters, que resolviam essas duas necessidades. “Esta função simplificada, [ativada] com apenas um botão… me pareceu certo.”
- Mais Kameos chegarão, e todos os antigos personagens da série MK estão sendo considerados. Boon acha que MK1 terá entre 15 e 20 Kameo Fighters no dia do lançamento, com mais a caminho. “Inclusive alguns ridículos que chegarão mais tarde,” diz Boon, “assim, você sabe… do tipo que vão se perguntar como sequer lembramos que o personagem existia?!”
Falamos com Ed Boon
- A premissa. Então, Mk1 é um reboot, um remake? “Acho que classificaria como um reboot.” Boon explica que a equipe da NetherRealm queria incluir todos os personagens existentes, mas contar uma nova história. E o final oficial de MK11 em 2019 era o ponto de partida perfeito para isso, com o garoto propaganda da série, Liu Kang, tendo se tornado um deus do fogo controlando o tempo e na prática, resetando o universo. “E aí, obviamente,” diz Boon, “alguma coisa dá errado.” O resultado são personagens conhecidos em circunstâncias muito, muito diferentes.
- Quem é o vilão? Embora Boon tenha confirmado que “alguns dos vilões clássicos de Mortal Kombat retornarão de um jeito ou de outro, ele não quis comentar sobre o vilão principal. “Assim como os heróis, os vilões começam completamente diferentes…seguirão caminhos diferentes e terão relacionamentos diferentes uns com os outros.” Espere surpresas se já conhece a história do universo de MK.
- Novos modos? Boon permaneceu em silêncio sobre funcionalidade online. Mas ele confirmou que a equipe está trabalhando em algo para tomar lugar do modo Kyrpta dos últimos seis títulos MK. “Temos um sistema inteeeeiro novo,” diz Boon. “Só posso dizer que não é a Krypta. Mas teremos um novo sistema para desbloqueios.”
- Benefícios da nova geração. Boon aprecia muitos aspectos da geração PS5 — “é obviamente ridiculamente poderoso.” Mas o que ele mais curte? O SSD de alta velocidade. “Podemos carregar fundos extremamente detalhados que antes demorariam demais.”
- Alguns Fatalities SÃO rejeitadas. Ao longo dos anos, a NetherRealm acabou criando uma espécie de “comitê de fatalities” que dá sua opinião sobre as várias idéias de golpes finais icônicos da série. As ideias podem vir de qualquer lugar da empresa, mas Boon tem a palavra final. “Sim, há uma linha que não pode ser cruzada… já mandamos várias ideias de volta com um ‘não, isso é demais. Não vamos fazer coisas assim.’ E as pessoas até ficam desapontadas as vezes. Mas várias ideias acabam sendo aprovadas, então tudo bem.”
- Boon está com o seu catálogo de jogos atrasado. Faltando apenas três meses para o lançamento de MK, Boon não vê a hora de poder jogar alguns dos lançamentos mais recentes. “Com certeza vou jogar Street Fighter 6, sempre fui fã da série,” diz Boon. “Eu nem tive chance ainda de jogar God of War Ragnarök. E nunca joguei Diablo, mas estou curioso sobre Diablo IV.”
E é isso… pelo menos por enquanto. Com base na minha sessão de jogo de mais ou menos 30 minutos, MK1 muda a série de mais de uma maneira. Faltando apenas três meses, espere várias notícias e revelações até o dia 19 de setembro, quando o título chega para PS5.
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