Hands-On do Dark Souls 2: duro de não morrer

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Hands-On do Dark Souls 2: duro de não morrer

 

Nada tema! Com base nas minhas impressões iniciais, Dark Souls II está provando ser diabolicamente mais desafiador do que seu antecessor, que já é famoso por se fazer de difícil. Aprendi isso quando o primeiro inimigo do jogo (um ogro monstruoso ostentando um pêndulo) me levantou e mordeu a minha cabeça como se eu fosse um picolé. E eu morri de forma horrível.

Depois de ressuscitar, decidi me afastar do brutamonte até encontrar uma arma melhor.  Mas o azar não me largou, e eu fui encurralado por um bando de cães raivosos. Seguindo adiante, enfrentei alguns cavaleiros mortos-vivos gigantes – cada um deles plenamente capaz de fazer picadinho de mim com suas espadas enormes.

Depois de morrer várias vezes, finalmente consegui driblá-los e atravessar uma porta próxima. Grande erro: aqui, equilibrado em uma plataforma estreita, enfrentei um chefe blindado gigante, que atacava com incrível precisão. Lógico que eu morri. De novo.

Embora Dark Souls II não tenha pudores de atirar o jogador direto pro fundo do poço, a jogabilidade passou por alguns ajustes sutis que contribuem mais para o nível de dificuldade. Um exemplo é a sua barra de energia, que diminui um pouco a cada vez que você morre. Isso significa que você vai ficando mais fraco a cada erro de cálculo, a menos que utilize uma das suas preciosas Human Effigies (que substituem a Humanidade do Dark Souls original) para restaurá-lo plenamente. E os Estus Flasks, tão importante para a sobrevivência em Dark Souls, pederam espaço para os cristais de vida, um item que te cura bem devagarinho e não é restaurado a cada vez que você descansa.

Mas eu também notei uma série de melhorias que fazem de Dark Souls II uma experiência mais agradável e amigável. A interface do usuário agora está muito mais fácil para navegar, o que torna a troca de armas e gestão de estoques de itens bem mais ágil em comparação com Dark Souls. O salto, uma manobra famosa e exigente em Dark Souls, agora é feito pelo L3 em um leve toque, mas fundamental, que fará os experientes em batalhas chorarem de alegria. E talvez o melhor de tudo: agora você pode viajar entre Bonfires diferentes desde o início do jogo.

Na versão de pré-lançamento que eu joguei, Dark Souls II reduziu sua lista de classes de personagens, de dez para oito. Saíram as classes Pyromancer, Thief, Hunter e Wanderer, substituídos por um grupo mais focado e especializado de salafrários. Quem é iniciante pode querer experimentar a nova classe Explorer, um personagem intermediário que começa o jogo com bons itens e equipamentos próprios. Os jogadores avançados podem decidir que a melhor defesa é o ataque e jogar com o Swordsman, que luta com uma arma em cada mão.

Uma coisa que não mudou é a atmosfera sombria, única da série. A abertura cinematográfica  de Dark Souls é enfeitada com imagens perturbadoras: uma árvore morta com vaga-lumes inchados, um reino em ruínas de uma era desconhecida e um clã de bruxos histéricos. Você, como um Hollow, está amaldiçoado a se alimentar das almas dos vivos. Mas você já sabia disso, né?

Apesar do meu tempo curto com o  Dark Souls II, ele assombra os meus sonhos desde que joguei.

O jogo chega ao Brasil em março, com legendas em português.

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