No começo do mês, a NAMCO BANDAI anunciou via Twitter que, assim como fez com Tales of Graces f, irá lançar Tales of Xillia no Ocidente.
Este RPG exclusivo para PS3 é uma espécie de comemoração para os RPGs da série Tales of, que existem há cerca de 15 anos, contando a partir do primeiro lançamento no Japão. Mas em vez de apenas reutilizar elementos clássicos, a equipe assumiu alguns riscos, criando um novo sistema de batalha e um estilo visual mais adulto. O resultado, de acordo com a Famitsu, foi o melhor jogo da série já feito até hoje.
Na semana passada, eu tive a chance de fazer algumas perguntas para o produtor da série Tales of, Hideo Baba. Aqui estão as respostas:
PlayStation.Blog: Tales of Graces f chegou ao PS3, mas Tales of Vesperia não foi lançado para PS3 no Ocidente. Agora, Tales of Xillia foi anunciado para o nosso território. Como vocês determinam quais títulos da série são lançados fora do Japão?
Hideo Baba, Produtor: Eu estou sempre tentando achar maneiras de fazer com que membros da equipe trabalhem em um título localizado para o Ocidente e em um novo jogo para o Japão. No entanto, o principal objetivo da equipe é primeiro criar novos jogos para o Japão, e infelizmente nem sempre temos membros disponíveis para trabalhar em conversões desses jogos. Eu adoraria poder formar equipes para lançar o maior número possível de jogos da série Tales of em outros países.
PSB: O sistema de batalha de Tales of Graces f fez sucesso. Fale sobre o sistema de batalha Double Raid Linear Motion de Tales of Xillia. Como ele se compara ao de Tales of Graces f? O que há de novo?
HB: Assim como nossos fãs, estamos sempre em busca da próxima evolução no inigualável sistema de combate em tempo real da série. Com Tales of Graces f conseguimos projetar e ajustar o sistema de batalha para transformá-lo em algo que foi aclamado tanto pelos jogadores quanto pela imprensa. Contudo, não ficamos completamente satisfeitos e decidimos ir um pouco além. Com esse desafio pela frente, criamos o sistema de batalha Double Raid Linear Motion para Tales of Xillia. Há dois grandes recursos no novo sistema. A primeira permite que os jogadores combinem as artes de dois personagens, fazendo uso dos novos protagonistas: Jude e Milla. A segunda é o sistema Linked Artes, que é um ataque cinematográfico executado pelos personagens. Além das rápidas e empolgantes lutas que os fãs gostaram em Tales of Graces f, os jogadores agora poderão curtir batalhas em tempo real com dois personagens unidos.
PSB: No começo você precisa escolher entre Jude e Milla. Como o jogo muda dependendo da escolha feita pelo jogador?
HB: Dependendo do personagem que o jogador escolher no início, ele verá várias sequências da história de pontos de vista diferentes. A história principal em si não muda entre Jude e Milla, mas para curtir a história por completo, os jogadores terão que jogar a aventura com os dois personagens.
PSB: Xillia é o jogo de série Tales of que recebeu a melhor nota de todas até hoje no Japão; ele ganhou 39/40 na Famitsu. Para você, que melhorias feitas no jogo são as responsáveis por esse sucesso de crítica?
HB: Acredito que o jogo fez sucesso por sua maturidade, já que é o título que comemora os 15 anos de aniversário da série no Japão. Como eu disse antes, estamos sempre nos desafiando a evoluir a série e a superar as expectativas dos fãs. Acho que essas evoluções na jogabilidade de um jogo para outro ao longo dos últimos 15 anos ajudaram a série a alcançar seu sucesso de crítica.
PSB: Artisticamente, Tales of Xillia é bem diferente dos últimos jogo da série, apresentando personagens mais “maduros”. Qual é o público-alvo da história? Tales of Graces f pareceu ser voltado a um público bem jovem.
HB: O público principal no Japão continua sendo os fãs da série de Tales of. Porém, sabemos que precisamos ganhar novos fãs e manter os fãs de longa data intressados nos nossos novos títulos. O novo design de personagem é uma grande mudança para a série, e nos ajuda a atrair novos jogadores sem sacrificar os antigos. Eu acho que você consegue ver Milla como uma personagem madura pela representação dela no jogo. Nossa intenção com Milla, por exemplo, é criar uma mulher com fortes convicções capaz de inspirar jogadoras mulheres. Ela também foi criada para ser venerada por jovens rapazes como Jude.
PSB: Como foi desenvolver Tales of Xilia exclusivamente para o PS3? Foi mais fácil focar em uma única plataforma?
HB: Como já mencionei, o Japão é o principal mercado da série Tales of, e o console com a maior demanda é o PlayStation 3. Não vamos abrir da possibilidade de lançar títulos em vários hardwares se o mercado mudar, mas por ora vamos desenvolver os títulos para o PlayStation 3, para alcançar o maior número possível de jogadores japoneses.
PSB: Tales of Xillia foi lançado no ano passado no Japão, mas só vai chegar ao Ocidente no ano que vem. Com esse tempo extra, vocês planejam incluir novidades na versão ocidental do jogo?
HB: Eu entendo a situação, mas consideramos a versão japonesa do jogo como um produto finalizado e espero que os fãs ocidentais apreciem o jogo como ele é. O mesmo pode ser dito sobre DLCs. Não haverá grandes diferenças entre a versão japonesa e a versão ocidental pois queremos fornecer a mesma experiência em todas as regiões.
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